Honda XRE 300 x Yamaha XTZ 250 TénéréAfinada com as demandas do público e com autonomia de estradeira, a Ténéré 250 é a aposta da Yamaha para desbancar a líder Honda XRE 300 27/01/2011 17:55 - Por Rafael Paschoalin
Foto: Christian Castanho RelacionadasFicha técnica: Yamaha XTZ 250 Ténéré Ficha técnica: Honda XRE 300 Galeria: Yamaha XTZ 250 Ténéré Galeria: Honda XRE 300 Hoje eu fiquei com vontade de comprar a Yamaha XTZ 250 Ténéré. Isso não ocorre sempre: geralmente é preciso mais que um rostinho, ou melhor, uma carenagem bonita para convencer alguém que está habituado a pilotar quase tudo o que anda sobre duas rodas e tem motor.
Não que a carenagem não seja bonita. E é até acompanhada de boas novidades – e poucas características negativas, heranças da predecessora XTZ 250 Lander. O preço estimado pela Yamaha até o fechamento desta edição girava em torno de 13000 reais. A julgar pelo porte, a Ténéré aparenta custar mais.
Com tudo isso, o lançamento, que parece atingir o centro do alvo, tem suas ressalvas. A primeira voltinha mostrou que algumas coisas não mudaram. O câmbio mantém engates duros e imprecisos, algo que já deveria estar solucionado. O ruído característico de máquina de costura da vovó também continua no cabeçote do motor. Será a Ténéré uma Lander fantasiada de faraó?
Segundo a Yamaha, ela é outra moto, diferente, com novos pontos de fixação (de tanque e banco) no chassi etc. Sei, sei... Está certo que o curso de suspensões foi alterado, o freio dianteiro está melhor e o painel é agora o melhor da categoria, herdado da FZ6. Mas dizer que se trata de outra moto é forçar um pouco. É uma versão melhorada, diferenciada e com novo apelo da Lander.
A Honda XRE 300 é o alvo dessa mini-Ténéré exclusiva para o mercado brasileiro. (Lá fora, encontram-se as versões 660 e 1200, que no início de 2011 chegam por aqui também.) Acompanhe qual a melhor em diversos aspectos. Se está na dúvida entre qual delas comprar, nós vamos ajudá-lo.
NO ASFALTO
Ténéré significa deserto na linguagem tuaregue, dos nômades do deserto do norte da África. Embora o nome dê a ideia de aventura e longos ralis, esta XTZ 250 foi desenvolvida para viagens de médio curso e vai melhor no asfalto. Essa também é uma característica da Honda XRE, que, apesar de ter pneus mais adequados ao off-road, ficou mais urbana. E é nos pneus que a Yamaha larga na frente: a maioria dos usuários dessas motocicletas raramente enfrentará um trecho difícil de terra, em que o pneu faria diferença. No asfalto, em velocidades elevadas, o Metzeler que equipa a XRE (e a Lander) é barulhento. Já a Ténéré se equipa com o Pirelli Scorpion MT 90, que apresenta grande aderência em trechos de asfalto seco ou molhado sem comprometer a dirigibilidade em pisos de terra seca.
Nos trechos sinuosos de asfalto, a Ténéré leva vantagem, em parte graças à nova medida de cáster e à calibragem de suspensão. Na prática, ficou mais intuitiva para inclinar nas entradas de curva. A XRE, por outro lado, é mais firme, aceita melhor as irregularidades e diferenças de asfalto.
Os freios são superiores na Honda – bastante. E não estou falando apenas do sistema ABS que equipa a XRE avaliada. Esse é sem dúvida um anjo da guarda em situações de pouca aderência e sua presença distancia um sistema de outro. Contudo, é preciso frisar que mesmo a versão sem esse tipo de assistência tem freios superiores aos da Yamaha. Os freios da Ténéré melhoraram em relação aos da Lander.
A agilidade é importante nesse tipo de moto e, levando em conta o peso a seco de cada motocicleta, a vantagem é da Yamaha. Se você encher o tanque com os 16 litros, pode apostar que ambas ficarão parelhas. A Ténéré pode rodar até 400 km sem ter de parar para abastecer, o que pode ser útil em regiões mais isoladas do país.
Em conforto, ambas são semelhantes, mas a Yamaha possui assento mais largo e guidão mais alto, sem contar a proteção aerodinâmica do para-brisa. O funcionamento do motor com quatro válvulas e duplo comando da XRE é superior não só em rendimento como também em vibração.
Com pista limpa e céu de brigadeiro, a nova Yamaha está na dianteira. Hora de ingressar nos literalmente árduos caminhos do off-road.
Ambas são capazes de levar piloto e garupa até o sítio, através de uma estrada de terra, ou mesmo por aquela trilhazinha fácil. Sob chuva e lama, o páralama dianteiro colado ao pneu impossibilitou o movimento da roda dianteira, transformando-se literalmente em um “para-roda-com-lama”. O ABS da Honda também não é lá essas coisas em situações em que é bom ter a roda traseira travada (não é possível desativar o sistema). Nas descidas mais lisas, a solução foi desligar a moto com a primeira engatada e tudo ficava um pouco mais fácil.
No fim, como diz o ditado, deu tudo certo e, depois de um dia cheio de aventuras, fizemos com a Honda XRE 300 e com a Yamaha XTZ 250 Ténéré o que entusiastas aventureiros fariam. Em muitos aspectos, é possível fazer dois tipos de avaliação sobre as máquinas aqui comparadas. Se você conduzir e escrever como um piloto profissional, as vantagens técnicas da Honda serão visíveis, e o resultado final pode ser bem próximo. Avaliando não apenas como piloto/repórter especializado, mas usando a emoção proporcionada no teste e os números de seguro e preço de aquisição de cada motocicleta, a vantagem é maior para a Yamaha. Sem contar o belo painel de instrumentos, com equipamentos digitais e analógicos, e também o excelente nível de acabamento.
O preço sugerido da Ténéré (cerca de 13000 reais) ainda é anúncio provisório da Yamaha, enquanto a versão da XRE com ABS custa 15390 reais. Sem o evoluído sistema de freio, o preço da Honda em São Paulo cai para 12890 reais (sem frete e seguro). Entre as versões de preço igual, a Ténéré é mais interessante e vale cada centavo investido
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HONDA XRE 300
TOCADA
A XRE funciona perfeitamente bem, é confortável, ágil e fácil de ser conduzida, além de mais forte.
★★★★
DIA A DIA
Ideal para ir ao trabalho todos os dias e curtir pequenas viagens nos fins de semana. Muito visada pelos amigos do alheio.
★★★★
ESTILO
Bonita e bem cuidada. Diante do lançamento da Ténéré, seu painel perdeu a graça.
★★★★
MOTOR E TRANSMISSÃO
O motor é esperto e fluente, graças ao bom acerto da injeção eletrônica. Dá pena o câmbio, que era tão bem escalonado na Tornado e agora tem apenas cinco velocidades.
★★★★
SEGURANÇA
Os freios são totalmente eficientes e o ABS é muito bem acertado, superando até sistemas de motos maiores.
★★★★
MERCADO
Como a maioria das motocicletas Honda, a XRE é um bom negócio na compra, durante a utilização e também na venda.
★★★★★
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YAMAHA XTZ 250 TÉNÉRÉ
TOCADA
A Ténéré traz acerto de suspensões macio, novo cáster e posição de pilotagem confortável. Ficou ótima para a cidade e para viagens e não foi totalmente prejudicada no fora de estrada.
★★★★
DIA A DIA
Aparência gigante, mas é extremamente fácil de ser levada e também roda bem entre os carros.
★★★★
ESTILO
Visual arrebatador na parte frontal. Farol duplo, tanque e carenagem merecem nota máxima. Traseira esquisita, parece ter sido adaptada.
★★★
MOTOR E TRANSMISSÃO
O monocilíndrico OHC é barulhento, porém eficiente. Tem pistão forjado e cilindro com revestimento cerâmico. O câmbio de cinco velocidades deveria ser revisto, pois segue impreciso e duro.
★★★
SEGURANÇA
O freio dianteiro evoluiu com a adoção de tubulação com alma de cobre e está melhor.
★★★★
MERCADO
O menor índice de roubo é característica importante que as Yamaha têm sobre as motocicletas Honda. ★★★★
fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/moto/testes/honda-xre-300-x-yamaha-xtz-250-tenere-617074.shtml
Foto: Christian Castanho RelacionadasFicha técnica: Yamaha XTZ 250 Ténéré Ficha técnica: Honda XRE 300 Galeria: Yamaha XTZ 250 Ténéré Galeria: Honda XRE 300 Hoje eu fiquei com vontade de comprar a Yamaha XTZ 250 Ténéré. Isso não ocorre sempre: geralmente é preciso mais que um rostinho, ou melhor, uma carenagem bonita para convencer alguém que está habituado a pilotar quase tudo o que anda sobre duas rodas e tem motor.
Não que a carenagem não seja bonita. E é até acompanhada de boas novidades – e poucas características negativas, heranças da predecessora XTZ 250 Lander. O preço estimado pela Yamaha até o fechamento desta edição girava em torno de 13000 reais. A julgar pelo porte, a Ténéré aparenta custar mais.
Com tudo isso, o lançamento, que parece atingir o centro do alvo, tem suas ressalvas. A primeira voltinha mostrou que algumas coisas não mudaram. O câmbio mantém engates duros e imprecisos, algo que já deveria estar solucionado. O ruído característico de máquina de costura da vovó também continua no cabeçote do motor. Será a Ténéré uma Lander fantasiada de faraó?
Segundo a Yamaha, ela é outra moto, diferente, com novos pontos de fixação (de tanque e banco) no chassi etc. Sei, sei... Está certo que o curso de suspensões foi alterado, o freio dianteiro está melhor e o painel é agora o melhor da categoria, herdado da FZ6. Mas dizer que se trata de outra moto é forçar um pouco. É uma versão melhorada, diferenciada e com novo apelo da Lander.
A Honda XRE 300 é o alvo dessa mini-Ténéré exclusiva para o mercado brasileiro. (Lá fora, encontram-se as versões 660 e 1200, que no início de 2011 chegam por aqui também.) Acompanhe qual a melhor em diversos aspectos. Se está na dúvida entre qual delas comprar, nós vamos ajudá-lo.
NO ASFALTO
Ténéré significa deserto na linguagem tuaregue, dos nômades do deserto do norte da África. Embora o nome dê a ideia de aventura e longos ralis, esta XTZ 250 foi desenvolvida para viagens de médio curso e vai melhor no asfalto. Essa também é uma característica da Honda XRE, que, apesar de ter pneus mais adequados ao off-road, ficou mais urbana. E é nos pneus que a Yamaha larga na frente: a maioria dos usuários dessas motocicletas raramente enfrentará um trecho difícil de terra, em que o pneu faria diferença. No asfalto, em velocidades elevadas, o Metzeler que equipa a XRE (e a Lander) é barulhento. Já a Ténéré se equipa com o Pirelli Scorpion MT 90, que apresenta grande aderência em trechos de asfalto seco ou molhado sem comprometer a dirigibilidade em pisos de terra seca.
Nos trechos sinuosos de asfalto, a Ténéré leva vantagem, em parte graças à nova medida de cáster e à calibragem de suspensão. Na prática, ficou mais intuitiva para inclinar nas entradas de curva. A XRE, por outro lado, é mais firme, aceita melhor as irregularidades e diferenças de asfalto.
Os freios são superiores na Honda – bastante. E não estou falando apenas do sistema ABS que equipa a XRE avaliada. Esse é sem dúvida um anjo da guarda em situações de pouca aderência e sua presença distancia um sistema de outro. Contudo, é preciso frisar que mesmo a versão sem esse tipo de assistência tem freios superiores aos da Yamaha. Os freios da Ténéré melhoraram em relação aos da Lander.
A agilidade é importante nesse tipo de moto e, levando em conta o peso a seco de cada motocicleta, a vantagem é da Yamaha. Se você encher o tanque com os 16 litros, pode apostar que ambas ficarão parelhas. A Ténéré pode rodar até 400 km sem ter de parar para abastecer, o que pode ser útil em regiões mais isoladas do país.
Em conforto, ambas são semelhantes, mas a Yamaha possui assento mais largo e guidão mais alto, sem contar a proteção aerodinâmica do para-brisa. O funcionamento do motor com quatro válvulas e duplo comando da XRE é superior não só em rendimento como também em vibração.
Com pista limpa e céu de brigadeiro, a nova Yamaha está na dianteira. Hora de ingressar nos literalmente árduos caminhos do off-road.
Ambas são capazes de levar piloto e garupa até o sítio, através de uma estrada de terra, ou mesmo por aquela trilhazinha fácil. Sob chuva e lama, o páralama dianteiro colado ao pneu impossibilitou o movimento da roda dianteira, transformando-se literalmente em um “para-roda-com-lama”. O ABS da Honda também não é lá essas coisas em situações em que é bom ter a roda traseira travada (não é possível desativar o sistema). Nas descidas mais lisas, a solução foi desligar a moto com a primeira engatada e tudo ficava um pouco mais fácil.
No fim, como diz o ditado, deu tudo certo e, depois de um dia cheio de aventuras, fizemos com a Honda XRE 300 e com a Yamaha XTZ 250 Ténéré o que entusiastas aventureiros fariam. Em muitos aspectos, é possível fazer dois tipos de avaliação sobre as máquinas aqui comparadas. Se você conduzir e escrever como um piloto profissional, as vantagens técnicas da Honda serão visíveis, e o resultado final pode ser bem próximo. Avaliando não apenas como piloto/repórter especializado, mas usando a emoção proporcionada no teste e os números de seguro e preço de aquisição de cada motocicleta, a vantagem é maior para a Yamaha. Sem contar o belo painel de instrumentos, com equipamentos digitais e analógicos, e também o excelente nível de acabamento.
O preço sugerido da Ténéré (cerca de 13000 reais) ainda é anúncio provisório da Yamaha, enquanto a versão da XRE com ABS custa 15390 reais. Sem o evoluído sistema de freio, o preço da Honda em São Paulo cai para 12890 reais (sem frete e seguro). Entre as versões de preço igual, a Ténéré é mais interessante e vale cada centavo investido
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HONDA XRE 300
TOCADA
A XRE funciona perfeitamente bem, é confortável, ágil e fácil de ser conduzida, além de mais forte.
★★★★
DIA A DIA
Ideal para ir ao trabalho todos os dias e curtir pequenas viagens nos fins de semana. Muito visada pelos amigos do alheio.
★★★★
ESTILO
Bonita e bem cuidada. Diante do lançamento da Ténéré, seu painel perdeu a graça.
★★★★
MOTOR E TRANSMISSÃO
O motor é esperto e fluente, graças ao bom acerto da injeção eletrônica. Dá pena o câmbio, que era tão bem escalonado na Tornado e agora tem apenas cinco velocidades.
★★★★
SEGURANÇA
Os freios são totalmente eficientes e o ABS é muito bem acertado, superando até sistemas de motos maiores.
★★★★
MERCADO
Como a maioria das motocicletas Honda, a XRE é um bom negócio na compra, durante a utilização e também na venda.
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YAMAHA XTZ 250 TÉNÉRÉ
TOCADA
A Ténéré traz acerto de suspensões macio, novo cáster e posição de pilotagem confortável. Ficou ótima para a cidade e para viagens e não foi totalmente prejudicada no fora de estrada.
★★★★
DIA A DIA
Aparência gigante, mas é extremamente fácil de ser levada e também roda bem entre os carros.
★★★★
ESTILO
Visual arrebatador na parte frontal. Farol duplo, tanque e carenagem merecem nota máxima. Traseira esquisita, parece ter sido adaptada.
★★★
MOTOR E TRANSMISSÃO
O monocilíndrico OHC é barulhento, porém eficiente. Tem pistão forjado e cilindro com revestimento cerâmico. O câmbio de cinco velocidades deveria ser revisto, pois segue impreciso e duro.
★★★
SEGURANÇA
O freio dianteiro evoluiu com a adoção de tubulação com alma de cobre e está melhor.
★★★★
MERCADO
O menor índice de roubo é característica importante que as Yamaha têm sobre as motocicletas Honda. ★★★★
fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/moto/testes/honda-xre-300-x-yamaha-xtz-250-tenere-617074.shtml